Identidade da pessoa cega
A identidade da pessoa com necessidades especiais se forma com o contato direto com o mundo, através das experiências vivenciadas com base nos órgãos dos sentidos. Por exemplo: ao brincar de cabra-cega (brincadeira comumente típica das crianças, porém tendo alguns adultos que simpatizam com a mesma), observa-se alguns comportamentos dos participantes, como temor de andar com os olhos vendados, ficam semelhante a uma pessoa paralisada, mesmo alegria das outras crianças em coro dizendo “ Vem nos pegar” não o contagia. Alguns já são ousados, tentam correr como que perseguindo as vozes que ouvem. Uns vão sondando pelo tato, tendo como apoio os membros superiores e inferiores, para como que reconhecer o lugar onde estão. E outros já vão andando, de modo moderado e ficam parados sem direção espacial ao deparar-se com algum obstáculo.
Há diferenças entre as pessoas que perderam uns dos sentidos ao nascer da que perdeu no decorrer da vida ,( pegaremos como exemplo uma pessoa cega). A primeira, supõe que já teve alguma experiência de visão. Isso se faz ao entrar em contato com o mundo e com os objetos, pois já tem experiências com o mesmo, em contrapartida que o segundo caso, a pessoa irá construir mentalmente as imagens dos objetos, com os recursos que possuem, mas só através de experimentos que podemos saber se ele relaciona ao objeto concreto a mesma forma do construído no imaginário.
Suponhamos uma outra situação, uma pessoa que perdeu sua visão já adulta, ela não terá dificuldades de reconhecer o caminho da sua cozinha, pois mentalmente já tem esse caminho projetado, esse percurso já foi construído a nível cerebral, assimilado e acomodado (Piaget); uma pessoa cega congênita terá que construir esses percursos com noções de espaço/tempo.
É comum uma criança quando ver algo quer pegar, como se tivessem “olhinhos nos dedos”, e leva-o a boca, o bebê experimenta e o descobre o