Identidade Cultura Surda E Lingua De Sinais
Curso de Educação Especial Licenciatura Plena- Diurno
Cultura, Identidade Surda e Língua de Sinais
Para PERLIN (1998: 52) a identidade é algo em questão, em construção, uma construção móvel que pode freqüentemente ser transformada ou estar em movimento, e que empurra o sujeito em diferentes posições. Conceituar a identidade é dizer que a mesma não é inata, está em constante modificação, partindo da descoberta, da afirmação cultural em que um certo sujeito se espelha no outro semelhante, criando uma situação de confronto, e ainda segundo PERLIN (1998: 53), a identidade surda sempre está em proximidade, em situação de necessidade com o outro igual. O sujeito surdo nas suas múltiplas identidades sempre está em situação de necessidade diante da identidade surda. O termo identidade, que melhor atende à temática surdez, é usado na busca do direito de ser Surdo. De acordo com a trajetória vivenciada pelos sujeitos surdos, nas suas luta. Ao longo do último século, tem sido travado um verdadeiro embate imposto por alguns Surdos ao redor do mundo, devido ao processo histórico da colonização sobre os sujeitos Surdos, no que se refere à medicalização, à normalização, levando à degradação da Língua de Sinais, da Cultura Surda, das Identidades Surdas. Em resposta a essa colonização, o Movimento Surdo tem dado início à criação de Associações de Surdos como uma resistência contra a cultura dominante, contra a ideologia ouvintista. O foco do nosso olhar é o sujeito Surdo, com suas peculiaridades. O termo Surdo é carregado, no imaginário social, de estigma, de estereótipo, de deficiência, e significa a urgência da necessidade de normalização, em antagonismo ao conceito da diferença, como disse PERLIN (1998: 54): o estereótipo sobre o surdo jamais acolhe o ser surdo, pois imobiliza-o a uma representação contraditória, a uma representação que não conduz a uma política da identidade. O estereótipo faz com que as pessoas se oponham, às vezes