IDENTIDADE 2
O ser humano forma sua identidade a partir de sua infância, no processo de socialização familiar e principalmente no relacionamento materno. Dubar (2005) chama de aparelhos de socialização secundária os processos que acontecem ao longo da vida adulta, nas empresas, profissões. Assim, pode-se concluir que a identidade é um produto da socialização.
IDENTIDADE NO PONTO DE VISTA DA AUTORA MARTINELLI
A identidade profissional da categoria ainda está em construção, marca de uma profissão, que, apesar de regulamentada e socialmente reconhecida, é fruto de contradições do sistema que se origina. Alguns autores defendem a identidade profissional pré-concebida, ou seja, construída nos bancos escolares, na fase teórica – como deve ser o assistente social –, outros insistem que a verdadeira identidade dessa categoria se dá na prática, no trabalho e no contato com as pessoas e instituições – como é o assistente social. Vários aspectos são abordados na tentativa desse esclarecimento, desde os mais subjetivos, ligados à emoção e sentimentos “desejo de transformar a sociedade”, como os objetivos “passar no vestibular, mercado de trabalho e remuneração”.
Os estudos de Martinelli (1991) foram guiados pelo referencial teórico marxista, onde a identidade profissional é pensada de forma dialética, como categoria política, social e histórica, visando compreender o Serviço Social na conjuntura brasileira. A autora destaca em sua obra que pensar dialeticamente é ver o processo histórico como dinâmico, sempre em movimento.
Trata-se, então, de uma profissão que está historicamente situada e principalmente criada para atender a uma forte demanda da época: para aproximar os antagonismos, para diminuir as cisões e as lacunas sociais, para aproximar as classes e buscar sempre o acesso aos direitos. Mostra ainda todo o percurso feito pelo capitalismo e seu incrível modo de produção, que não mediu esforços e não poupou sequer a humanidade exclusiva do ser humano, e expandiu-se