Ideias de Hegel
-A Razão Na História
A primeira aparição do método dialético em Hegel remonta ao período de Frankfurt. Nessa cidade, Hegel teria apreendido a conexão dos momentos do tempo.
Embora Hegel admita que a história, dentro de certa perspectiva possa se construir como um amontoado de fatos contingentes, mutáveis e sem significação, isso só se verifica do ponto de vista de um intelecto finito, ou seja, do indivíduo, o qual encara a história sob a óptica de seus ideais individuais, não sabendo como superar essas limitações. “O grande conteúdo da história do mundo” afirma Regel, “é racional, e deve ser racional”.
A soberania do espirito do mundo, tal como Hegel a descreve, revela os sombrios de um mundo controlado pelas forças na história, em lugar de as controlar. A história parece então como “o patíbulo onde foram sacrificada a felicidade dos povos, as soberania dos Estados, e a virtude dos indivíduos”. Ao mesmo tempo, porém, Hegel exalta o sacrifício da felicidade geral e individual que daí resulta.
-A herança Hegeliana
Sem humor negro, Hegel via nesse rosário de frustrações o avesso necessário da reconciliação com a realidade social. Esse realismo desabusado é a contrapartida irrecusável do otimismo que inspira a noção de “ardil da razão”.
-O Espírito Absoluto
A concepção de História em Hegel é o espírito absoluto. Onde este espírito absoluto “é o reconhecimento mútuo”.
O absoluto que a consciência busca não é algo além e impossível à consciência; a substância espiritual ou a “cultura”, está todo contido no Eu. Desta maneira, o espírito absoluto não pode ser apreendido pela experiência sensível, mas, somente, na e pela experiência da razão e, portanto, do desejo.
A realidade (em si) é, portanto, o verdadeiro, não é “substância”, mas, sim: “sujeito”, “pensamento”, “espírito”. Isto é: a realidade, é “processo” é “movimento”. Deste modo, para Hegel, o espírito se auto constitui na constituição ao mesmo tempo da sua própria determinação,