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1. Paradigma Funcionalista-Pragmático (1940-1960)
1.1– Antecedentes
Os processos de industrialização e de urbanização causaram mudanças notáveis na sociedade no período de 1900 ao final da década de 1930, trazendo a ideia de que os meios de comunicação possuíam um poder incontrastável e que os seres humanos obedeciam a “automatismos comportamentais”. Assim, as cidades grandes formavam a origem de uma mass society (“sociedade massiva”) na qual eram anuladas as diferenças individuais. A mídia foi tida como único meio apto de comunicar algo àquela massa, ela se dirigia ao “indivíduo mediano e representativo da massa de indivíduos” (massa média).
1.2 – Conceito
Busca explicar a organização social pelo inventário das funções exercidas pelos seres humanos e as instituições que criam. No âmbito da comunicação, os funcionalistas se empenham em avaliar o alcance psicossocial dos meios de difusão coletiva. Ocupam-se da influência e dos efeitos produzidos pelos meios de comunicação no que diziam ser de massa, criando-se a mass culture (produção cultural em ampla escala).
Os funcionalistas investigavam as características do emissor e de suas intenções ao comunicar. A psicologgia behaviorista e a tradição do pragmatismo filosófico haviam recobrado ânimo às ideias de que o ser humano pode ser condicionado pelo uso recorrente de estímulos. Para tanto, basta codificar bem as mensagens e canalizá-las de maneira adequada. Quanto aos receptores interessava conhecer seus modos próprios, suas preferências e suas predisposições, fazendo uso de pesquisas de opinião.
1.3 – Modelo da Agulha Hipodérmica (década de 1930) A fonte emissora encontrava-se em extrema vantagem e o receptor era relegado a uma condição de integral passividade, estando receptivo a toda sorte de manipulação ideológica. A mídia era considerada uma “seringa”, inoculando ideias, minando resistências, submetendo vontades à vontade e injetando informações em uma massa na qual