Humor na Publicidade e o Marketing Viral
Desde seu surgimento, o fenômeno das mídias sociais vem ganhando volume a cada dia, novas mídias sociais vêm surgindo. Os usuários buscam a todo o momento novas maneiras de interagir na web, produzindo conteúdos para serem compartilhados entre os outros usuários. Na tentativa de se aproximar de seus consumidores, muitas marcas se inserem no universo digital, abrindo novas possibilidades de comunicação com seu público e produzindo conteúdo em busca de visibilidade. O público cada vez mais identificado com a marca também produz conteúdos sobre ela. Porém esses conteúdos produzidos e distribuídos nas mídias sociais pelos consumidores das marcas, nem sempre estão de acordo com aquilo que as empresas desejam que seja publicado sobre elas ou possuem potencial prejudicial à imagem da marca.
Refletir sobre o humor na publicidade implica em contrapartida, no âmbito das ciências da comunicação e, mais concretamente, no das teorias da comunicação publicitária.
Aplicando a teoria dos usos e das gratificações (McQuail, 1972, apud McQuail 2003: 393-397), é possível refletir sobre o seu potencial para a transformação da publicidade num ‘puro’ e, aparentemente, gratuito espetáculo recreativo, adequado às exigências das audiências dos meios de comunicação social: escape da rotina e dos problemas e libertação das próprias emoções.
A corrente que visa descortinar as potencialidades estratégicas das abordagens humorísticas na publicidade: não apenas a contribuição do humor para a produção de efeitos pragmáticos relativos à persuasão, mas também o papel que desempenha relativamente a outros parâmetros igualmente importantes: os relativos à compreensão, memorização, empatia com o anúncio, produção de impacto. A eficácia das abordagens humorísticas são integradas no âmbito de estratégias de persuasão de cariz central (nas quais a graça incide sobre as características dos produtos) ou de cunho mais periférico (quando a piada remete