Humano
Na reflexão voltada para combinar os elementos conflitantes que se apresentavam em sua equação desenvolvimentista, Campos amadureceu o ponto de vista de que é possível compatibilizar estabilidade e crescimento em países que sofrem de severas pressões inflacionarias. É difícil escrever sobre Roberto Campos limitando a analise ao período anterior a 1964, sua imagem especialmente no campo da política monetária , tornou-se indiretamente ligada a sua gestão como ministro do planejamento, entre 1964 e 1967, quando juntamente com Otavio Bulhões, praticou uma política considerada ortodoxa sob muitos aspectos. Antes de 1964, Campos não foi um economista monetarista, no sentido teórico básico do termo, observa-se que mesmo as referencias as negociações de Campos e Lucas Lopes com o FMI, em 1958 e 1959, como subordinadas a ortodoxia monetarista do órgão e de natureza “antidesenvolvimentista” ou “entreguista” são injustas (BIELSCHOWSKY, pg 117)
Assim como os Keynesianos chamam de monetaristas aqueles economistas das economias maduras que, ao preconizarem a contenção de credito e de despesas publicas para lidar com a inflação em situações de desemprego, contribuem para obstruir o crescimento no curto prazo, da mesma forma Campos seria, segundo os cepalinos, um monetarista, porque ao recomendar tais medidas em economias subdesenvolvidas, concorria para obstruir o seu desenvolvimento a longo prazo.O erro de Campos, segundo a lógica estruturalista, seria o de que seu diagnostico geral de “plena capacidade” ou “inelasticidade de oferta”ao conduzir a política contencionista, arrastaria a retração os setores capacitados a expandir a produção sem maiores problemas, ou visto por outro lado, seria o de proceder a uma analise excessivamente agregada da economia, desconhecendo as especificidades setoriais. (BIELSCHOWSKY pg 118)
Sua posição básica era que, no caso brasileiro a inflação vinha sendo causada pelo