Humanidades

Os sistemas de saúde de Espanha, Itália e Portugal

3.1. O processo de reforma do sistema de saúde espanhol

Em Espanha com a instauração da democracia em 1977 criou-se o Ministério da Saúde e a Segurança Social, os quais passaram a comandar todos os serviços de saúde. Em 1980 o sistema de saúde espanhol foi reformado e realizou-se uma extensão da rede de centros de cuidados primários. Estas reformas foram realizadas devido à insatisfação popular e pelo impacto do relatório Blendon(1991) que evidenciou dos mais baixos níveis de satisfação da Europa. Nos anos 90 introduziram-se novos modelos de gestão para aumentar a eficácia do sistema de saúde sem tirar a garantia publica . Com isto desde há 15 anos para cá tem sido promovidas auditorias de privatização da saúde com novos modelos de gestão com a criação de fundações, sociedades anónimas e gestão de centros públicos por empresas privadas. As reformas de 1999 e 2000 aumentaram a cobertura do sistema de saúde aos residentes não espanhóis, abrangendo pessoas com baixos rendimentos, imigrantes e as suas famílias. No entanto o sistema de saúde espanhol ainda tem vários desafios como por exemplo o aprimoramento do acesso e da equidade do sistema, a melhoria da qualidade das prestações, o envolvimento dos utentes e profissionais nos processos de decisão e a finalização do processo de descentralização a nível regional (Guillén e Cabiedes, 1997; Giarelli, 2004). No contexto da descentralização há que referir as reformas do sistema de financiamento global, finalização da instalação do sistema de informação nacional, redução das desigualdades e a promoção de mecanismos de coordenação entre os níveis de cuidado primário e a assistência especializada (Durán et al., 2006: 18 e 19). Outro grande desafio refere-se à insuficiência de recursos, cobertura insuficiente. (Sánchez Bayle, 2003).

3.2. O processo de reforma do sistema de saúde italiano

A reforma do SSN aconteceu em 1978 e pela primeira introduziu a universalidade