Humanidade

A citada obra de Pedro César Kemp Gonçalves, em suas “Reflexões Sobre a Religião Como Utopia e Esperança” o autor defende a tese de que a religião não morreu, mas sobrevive de certa forma firmemente no mundo atual, pois é indispensável na vida do ser humano. A religião sempre esteve presente na história da humanidade desde seu principio e influenciou consideravelmente todo o seu percurso até os dias de hoje. Não existe uma explicação racional e concreta, e mesmo sem entender plenamente suas origens, o homem não consegue abandonar suas crenças. O autor também deixou claro que a religião não foi criada para encantar ou alienar o homem de seus problemas e afasta-lo da realidade. Pelo contrário ela é o meio que leva o homem a se voltar ao sagrado, e dessa forma, encontrar o encorajamento necessário para encarar os desafios e problemas de cada dia. E ainda explicou os quatro tipos de religiões, que são elas, “Religiões de integração”, “Religiões de Servidão”, “Religiões de Libertação” e “Religiões de Salvação” Dessa forma a religião se torna a motivação que faz o ser humano crer que não esta nessa vida em vão e que ela merece ser vivida da melhor maneira possível.
No livro o autor usa a utopia, como construção imaginária para identificar a religião. A perspectiva antropológica é usada, principalmente, quando o homem usa o conhecimento religioso para uma perspectiva de um futuro pleno , em um utópico mundo de amor e paz. Como a imaginação está muito ligada à utopia, ela é o ponto chave em alguns momentos do livro, enfatizando que existem diferenças, pois, o animal possui uma vida interior idêntica ao exterior, já o homem, constitui-se de uma vida interior diversa do exterior. O autor também responde à pergunta: “Porque os homens fazem religião?”. Segundo ele talvez nenhuma outra pergunta tenha tido tantas, tão variadas e tão contraditórias respostas, que são elas , Revelação dos deuses, neurose obsessiva da humanidade, diário em que o homem escreve os seus sinais