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As reformas políticas recentes que ocorreram na China mantiveram a perspectiva de crescimento econômico como componente principal, mas agora com uma preocupação maior em produzir uma sociedade mais equilibrada do ponto de vista social, principalmente em face das previsões de aumento da urbanização e de incremento no mercado consumidor interno. Os modelos matemáticos apontam que o país terá cerca de 1 bilhão de pessoas pertencentes à classe média até o ano de 2030, números que o governo chinês compreende como um fenômeno planejado e integrado a suas políticas públicas.
Entretanto, merece atenção o fato de um país cada vez mais urbano exigir maiores cuidados com os sistemas de proteção social, como o acesso universal à educação, habitação e água potável. Mesmo com a postura econômica agressiva, o sistema político chinês continua fundamentado em uma ditadura do partido comunista, e as mudanças econômicas não se refletem em maior participação da população nas decisões cruciais para o país.
Desde o final da década de 1980 e, principalmente, com a realização da reunião Rio-92, os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento socioambiental começaram a dominar debates científicos e políticos. No caso da China, o forte crescimento econômico do país não foi acompanhado de transformações em sua base energética e na formulação de suas políticas setoriais, o que pode ser comprovado se observarmos de que maneira o governo chinês conduz suas obras estruturais, como no caso da Usina Hidrelétrica de Três Gargantas, no rio Yang-tsé, que deixou mais de 1 milhão de pessoas desabrigadas e uma enorme perda de biodiversidade.
A fonte de energia mais utilizada no país é o carvão mineral, que é um combustível fóssil não renovável e altamente poluente. Esse combustível responde por cerca de 70% da geração de energia