Hotelaria

O receber comercial
Aqui é o momento do estudo da diferenciação entre o hospitaleiro, aquele que recebe por prazer e “sequestra” o hospede, modelo típico das sociedades pré-industriais, e o anfitrião profissional, típico das sociedades modernas e pós modernas, que não necessariamente recebe por prazer, mas segue as leis de satisfação do hóspede. Os manuais de hotelaria dedicam longos capítulos a recepção, mas, sem dúvida, os profissionais da área teriam muito a ganhar com a compreensão dos significados mais profundos da etiqueta.
A hospitalidade remunerada equaliza psicologicamente o estatuto da relação anfitrião-hóspede? É uma questão difícil, pois se, de um lado, na hospitalidade profissional, o cliente, o hóspede, exige, já que afinal ele é o cliente, que segundo as praxes da qualidade é o centro, o princípio e o fim do processo, de outro não há como entender a permanência do hábito da gorjeta sem supor a permanência desse estatuto de superioridade do anfitrião. (DENKER, pg21) A hospedagem comercial
Aqui é o domínio dos recintos em que esse abrigo e segurança ao hóspede são proporcionados com base na remuneração do serviço. Essa é a área em que se impõe o estudo dos meios de hospedagem em geral, como hotéis, hospitais, , resorts terrestres ou flutuantes (cruzeiros fluviais e marítimos) etc. (pg23) O alimentar comercial
Diz-se habitualmente que um padrão gastronômico se instala em determinado lugar quando a qualidade da alimentação fornecida em ambientes profissionais (restaurantes) é de qualidade superior àquela que se realiza em ambientes domésticos, ou quando as cozinheiras são substituídas pelos chefs.
O estudo dessa passagem, do ponto de vista sociológico –quando sair de casa para comer torna-se um ritual econômico, de visibilidade social -, deve incorporar de alguma forma a preocupação com o mercado de trabalho de restauração e transformação de antigas ocupações servis glamourizadas e remuneradas sob as