Hospitalização
Estar no hospital para a criança significa rompimento brusco com o cotidiano em que vive.Representa uma mudança significativa no viver, exigindo desta e de sua família novas formas de organização. Estar doente e hospitalizado pode determinar na criança limitações cujas conseqüências estão diretamente relacionados à idade, ao padrão de interação familiar, à duração da internação, ao curso e ao tipo da doença, entre outros aspectos. A criança hospitalizada é submetida às mudanças significativas nas suas rotinas, à privações afetivas, cognitivas e lúdicas capazes de precipitar ou agravar desequilíbrios psico-afetivos com repercussões sobre sua saúde. O brincar se insere como uma tentetiva de transformar o ambiente hospitalar, proporcionando condições psicologias melhores. As principais limitações impostas a elas estão relacionadas a socialização, aos hábitos anteriormente adquiridos, às habilidades em desenvolvimento e principalmente ao brincar, que para a criança representa sua principal atividade. Quando a essas limitações se associa o diagnóstico de câncer, que traz consigo tempo de internação e de tratamento prolongado, leva a criança a ausentar-se da escola, a separar-se dos familiares e amigos. Isto pode gerar mudanças significativas e importantes no mundo da criança e de sua família.
[...] é uma vivência traumática, onde parecem esquecer que a criança é criança, que necessita de espaço físico, atividades e atenção apropriadas a sua faixa etária. O hospital, enquanto um lugar consagrado à cura, é também onde se vivencia a dor e o sofrimento, despertando inúmeros significados para aqueles que o freqüentam. O câncer, por sua vez, continua sendo aquele que carrega consigo a constatação da finitude, alertando-nos que para todo começo existe um fim. Este continua sendo um vilão mítico que exaure nossas forças e que nos convida a refletir sobre a terminalidade e o viver. O hospital, enquanto espaço destinado