Hospitalização infantil

Terapia Ocupacional

A Terapia Ocupacional no Contexto de
Hospitalização Infantil
Daniel Ferreira Dahdah1 • Profa. Heloísa Cristina Figueiredo Frizzo2

A

situação de adoecimento e hospitalização causa no ser humano angústia e alterações drásticas nas atividades cotidianas, em especial quando esta situação ocorre na infância.
Se o brincar para a criança está como o trabalho para o adulto e que esse brincar é o propulsor do desenvolvimento infantil, a inserção da brinquedoteca no contexto hospitalar pode favorecer e dar segurança à criança durante seu processo de internação.
Este trabalho tem como objetivo principal enfocar a importância da Terapia Ocupacional no contexto hospitalar, destacando a importância do brincar enquanto potencial reparador do impacto do adoecimento e hospitalização na infância.
Para isso, é importante compreender quais são as implicações da internação no desenvolvimento infantil e refletir sobre as questões do brincar como propulsor do desenvolvimento e sua importância dentro do contexto hospitalar.

A INTERNAÇÃO E SUAS
IMPLICAÇÕES PARA O
DESENVOLVIMENTO
A enfermidade transforma o homem de um sujeito de intenção para um sujeito de atenção
(Gala e Bressi apud Botega).(1) Pensando nessa frase, conclui-se que na enfermidade o homem

deixa de ser e de fazer o que antes era parte do seu cotidiano. Nessa perspectiva, Botega(1) aponta que a doença traz a “quebra de uma linha de continuidade da vida, das funções desempenhadas no dia-a-dia, de certa previsibilidade que guardamos sobre o dia de amanhã”. É fácil pensar em situações acontecidas com nós mesmos. Quando o sujeito fica doente, ele fica impossibilitado de dar continuidade ao trabalho, aos estudos, aos planos, ao lazer e ainda deixa de ter na mão a possibilidade de dizer “até amanhã”, porque, querendo ou não, a morte ainda é um grande tabu que ronda a consciência de qualquer ser humano, e o adoecimento sempre traz consigo o medo da morte. A