HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL
Ao falarmos sobre o tema hospitalização de crianças faz-se necessário realizar uma breve abordagem do surgimento do hospital. A palavra hospital vem do latim “hospes”, que significa hóspede, deu origem a “hospitalis” e “hospitium” que designavam o lugar onde se hospedavam na Antiguidade, além de enfermos, viajantes e peregrinos. Quando o estabelecimento se ocupava dos pobres, incuráveis e insanos, a designação era de “hospitium”, ou seja, hospício, que por muito tempo foi usado para designar hospital de psiquiatria (MOZEL et. al, 2012)..
Antigamente o ambiente hospitalar era apenas uma espécie de depósito em que se amontoavam pessoas doentes, destituídas de recursos: pobres, mulheres desamparadas, velhos e doentes crônicos; que ficavam sob os cuidados de monge e religiosos, os hospitais eram locais onde a caridade se exercia como uma prática de cristianismo. Enfim a finalidade do hospital era mais social do que terapêutica (MOZEL et. al, 2012).
Quando um indivíduo está hospitalizado, existe uma ruptura com seu ambiente habitual, que modifica os seus costumes, os seus hábitos e, em geral, a sua capacidade de auto-realização e de cuidado pessoal. Estando num ambiente desconhecido, sentindo insegurança, em primeiro lugar, pela sua doença e, em segundo lugar, por sua história de vida. Tudo ao seu redor é novo e não sabe como deve atuar em cada momento; depende do pessoal que o rodeia, como seus familiares e os profissionais da saúde (MOZEL et. al, 2012).
De acordo com Angerami – Camon (1984), quando a hospitalização trata-se de uma criança o desafio, é ainda maior, pois diferente do adulto, o impacto da criança internada no hospital é maior, pois estas têm dificuldades para assimilar tal situação, apresentando medo, angústia e ansiedade; fantasias muitas vezes são causadas pela falta de informação adequada, falta de prognóstico ou de tratamento. Isso, porque o hospital é um ambiente totalmente desconhecido para ela e muitas vezes ameaçam o