Hospitalização infantil
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Graduação em Terapia Ocupacional
A TERAPIA OCUPACIONAL NO CAMPO HOSPITALAR: ATUAÇÃO NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA
São Carlos
2014
1. Introdução
1.1 Terapia ocupacional e contexto hospitalar
A Terapia Ocupacional no Brasil esteve sempre relacionada a contextos hospitalares, com sua prática caracterizada pelo uso de diferentes tipos de ocupações, fundamentalmente na atenção aos doentes crônicos. Entretanto, seguindo a lógica da redução de custos e valorização da internação de curto prazo nos hospitais, os terapeutas ocupacionais têm atuado com crescente especialização e de acordo com o grau de complexidade dos pacientes, seja em enfermarias e/ou em ambulatórios em contextos hospitalares; atendendo tanto casos agudos como crônicos, sendo que estes últimos também recebem atendimento em centros de reabilitação e/ou centros especializados, associados ou não aos hospitais (SANTOS e CARLOS, 2013).
No contexto hospitalar, o terapeuta ocupacional deve considerar os fatores ambientais (físicos, sociais e culturais) e temporais, como a idade cronológica, o estágio de desenvolvimento no ciclo de vida e as limitações ou incapacidades que podem ter se instalado. Essas características ambientais e temporais são determinantes em contextos hospitalares, pois modificam o comportamento do paciente; por exemplo, um indivíduo que possui autonomia em seus ambientes domiciliares, poderá abdicar do controle e até das decisões mais simples em um hospital de tratamento intensivo (SANTOS e CARLOS, 2013).
Assim, o terapeuta ocupacional que trabalha na área hospitalar necessita constantemente procurar adquirir, além do conhecimento técnico-científico, o conhecimento histórico cultural do contexto em que seu trabalho está inserido, visando obter a melhor compreensão sobre as ações desenvolvidas, fato que,