§7, 8 Horkheimer julga o funcionamento da Teoria Tradicional como algo supra-histórico, típico do mundo moderno, uma ciência capitalista. Ele caracteriza o princípio do modo de funcionamento da ciência burguesa como algo "descolado" da sociedade. Para Horkheimer não é possível decidir em áreas limites da ciência por critérios lógicos, estes só podem ser explicados pela situação histórica. A teoria Tradicional leva-se a pensar como a histórica, pois ela ignora seus condicionamentos históricos e sociais. Ao não se separar processos técnicos da idade burguesa deste tipo de funcionamento da ciência, por aplicar esse saber vigente aos fatos, apesar de representar um momento da revolução e desenvolvimento da base material da sociedade, sua idependentização, sua fundaemntação a histórica, ele se torna uma categoria coisificada e ideologizada portanto pelo sistema burguês de dominação científica do saber, que o gera, cria ou mesmo dele se apropria como um saber para si, para o sistema vigente. O fato de só poder ser compreendido em conexão com os processos sociais reais, deixa isso mais claro, o não transformar total da teoria através de hipóteses auxiliares, tudo isso leva ao uso ideológico coisificado do saber que o capitalismo cria e mantém sobre seu poder, para não deixar que o saber se torne uma arma de sua própria destrição como e enqüanto sistema dominante. A ciência vigente é um instrumental desse sistema ideológico dominante, que visa somente reproduzir-se e manter-se enquanto ordem estabelecida, questionável é saber, se ao coisificar, manipular ideologicamente, transformar e direcionar o processo científico para fins utilitaristas, de resultados produtivos na ótica do próprio sistema como usuário presente e futuro, desse saber científico, se ele não destói assim outras vias, pesquisas e conhecimentos, que não considera produtivas, e ao fazê-lo, não gerará futuramente um esgotamento funcional dessa ciência pragmática, privando ao mesmo tempo, assim,