Analise do caso: pequeno hans
Nascido em 1903, aos três anos, Hans demonstrava muito interesse em seu genital, o “pipi”, tocando-o e sendo ameaçado por sua mãe, de ser levado ao médico para cortá-lo fora, que no momento da ameaça aparentemente não foi valorizado pelo menino, mas repercutiu mais tarde. Começa ter uma série de fantasias eróticas, sofrendo de ansiedade, desenvolve várias fobias, inicialmente por cavalos brancos que iam mordê-lo e derivando para meios de transportes da época que ele conhecia, elaborando associativamente com seu medo de se afastar de casa, efeito dos traumas sofridos de cirurgia de amídalas, afastamento gradativos e diminuição de atenção da mãe, na gestação e parto da irmãzinha Hanna.
O pequeno Hans foi piorando com o tempo, as mentiras sobre cegonhas e omissões sobre vaginas, cópula e gestação. Com material intelectual e preconceituoso da era pós-vitoriana, ele construiu as respostas ‘as suas dúvidas, associando o prazer escretório ao parto, insistindo em ir ao banheiro assistir sua mãe evacuar e posteriormente fantasiando ter filhos de “salsicha” pela evacuação, limpando-os e cuidando deles. O teatro interno, com destrutividade ‘a família, ciúme e tristeza, o fez adoecer com dor de garganta por duas semanas, quando sofreu cirurgia para extração das amídalas, reforçando sua fantasia de castração e fobia, que aumentavam conforme aumentava a destrutividade.
Na busca de objetos para investir sua libido, Hans se apaixonava por suas amigas e amigos demonstrando na escolha objetal de traço homossexual, uma ausência de gênero, chamando-os de seus filhos e declarando seu amor.