Max Horkheimer
O Termo Teoria Critica se consagrou a partir do artigo de Max Horkheimer , em 1937 “Teoria tradicional e teoria crítica”, porém a teoria e a escola só conseguiram se tornar uma instituição no final da década de 1940, após o termino da segunda guerra mundial, essa institucionalização tardia ocorreu exatamente por conta do regime nazista, pois a maioria dos membros da escola era formada por judeus, a perseguição do governo de Adolf Hitler acarretou na divisão do grupo e na transferência do instituto de pesquisas sociais para Suíça, França e por fim para os Estados Unidos, onde Max escreveu seu artigo de 1937 citado anteriormente.
"Em meu ensaio "Teoria Tradicional e Teoria Crítica” apontei a diferença entre dois métodos gnosiológicos. Um foi fundamentado no Discours de la Méthode [Discurso sobre o Método], cujo jubileu de publicação se comemorou neste ano, e o outro, na crítica da economia política. A teoria em sentido tradicional, cartesiano, como a que se encontra em vigor em todas as ciências especializadas, organiza a experiência à base da formulação de questões que surgem em conexão com a reprodução da vida dentro da sociedade atual. Os sistemas das disciplinas contêm os conhecimentos de tal forma que, sob circunstâncias dadas, são aplicáveis ao maior número possível de ocasiões. A gênese social dos problemas, as situações reais nas quais a ciência é empregada e os fins perseguidos em sua aplicação, são por ela mesma consideradas exteriores. – A teoria crítica da sociedade, ao contrário, tem como objeto os homens como produtores de todas as suas formas históricas de vida.