Homícios no Brasil
Tirando a questão de ser um patamar alto de mortes, essa estabilidade apenas disfarça as mudanças significativas no perfil de violência no país.
Houve uma interiorização dos homicídios. Dos grandes conglomerados para as capitais menores e depois para as cidades do interior.
Muitos estados que tinham médias baixas nos anos anteriores sofreram um considerável aumento e Alagoas foi o pior caso, com 72 homicídios por 100 mil habitantes. E a estabilização da média do país, se deu por conta da grande diminuição em estados do Sudeste, como São Paulo e Rio.
O número de vítimas jovens aumentou mais intensificadamente. Sendo as piores taxas nos estados de Alagoas e Espírito Santo. O pior caso é o dos jovens negros com taxas assim dos 100 por 100 mil habitantes.
Esse aumento da taxa de morte entre os jovens negros se mantém ‘escondida’ na estabilidade da taxa de homicídios nacionais. Entre 2002 e 2011 houve uma diminuição na taxa de homicídio de brancos e um aumento na de negros.
Prisões
Mais da metade dos presos no Brasil tem entre 18 e 29 anos. E há marca da desigualdade está nestes dados: 60% dos detentos são negros e 57% não completaram o ensino fundamental.
Em 2012 o número de presos chegou ao maior número da história e o Brasil se tornou o 4º país com mais presos. Porém, há menos vagas do que há presos, sendo que existem 1,7 presos para cada vaga.
O número de presos só cresce, devido ao aumento do número de prisões provisórias, realizados antes do julgamento e da condenação. Sendo que de acordo com o Fórum brasileiro de Segurança Pública, o aumento deste tipo de prisão são as políticas de guerra contra as drogas.
Sendo que essa taxa de 1,7 é maior em 15 estados. Sendo mais graves nos estados mais pobres.
A superlotação favorece a precariedade das prisões e também deriva um aumento na violência interna. Um dos