Homogeneização da Sociedade
A ideia de homogeneização da sociedade já foi discutida por diferentes filósofos e sociólogos ao longo dos anos. Esse processo muitas vezes envolve-se na análise do mundo capitalista, por ser, de certa maneira, parte dele. Prova disso são os artigos e trabalhos publicados por Hegel, Adorno e Horkheimer, que apontam a homogeneização da sociedade como uma consequência do viver social capitalista e moderno.
Hegel descreveu uma tendência da sociedade moderna à homogeneização, por meio da desintegração da comunidade tradicional. Em outras palavras, quis mostrar que o mundo capitalista acarreta migração massiva de populações, a unificação da força de trabalho e a criação de uma grande sociedade em que todos são “iguais”. Além disso, diz que os subgrupos culturais acabam por ser suprimidos até não terem nenhum significado para a comunidade como um todo.
Já Adorno e Horkheimer apontam a indústria cultural como a grande agente da homogeneização social. Contemporâneos a Hegel, viveram no Século XX, os filósofos alemães analisam a sociedade moderna com o capitalismo mais desenvolvido e, de muitas maneiras, concretizado. Mostram, então, a importância da indústria cultural no desenvolvimento social, pois permite a vulgarização da cultura e a exploração comercial. Assim, acreditam que a homogeneização atingiria todas as classes sociais pela sedução feita nas propagandas, disponibilizando a felicidade ao consumidor por meio de uma compra.
O processo de homogeneização preocupa diversos grupos, que começaram a se organizar contra essa tendência. Em março de 2009 entrou em vigor a Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, que visa à implantação de mecanismos de defesa das culturais locais contra a hegemonia da indústria do entretenimento.
Através da diminuição dos vínculos da cultura com o desenvolvimento sustentável e o aumento do diálogo entre as diversas culturas, são reiterados o respeito aos direitos