Homi Bhabha
Alexsandra dos Santos Goiana
Vivemos hoje um período marcado por diversidades. Este momento histórico com nítidas transformações abre-nos um horizonte de conhecimentos, que exige um esforço para capturar as múltiplas relações presentes na produção do conhecimento.
Em “Vidas na Fronteira: a arte do presente” estaremos identificando a construção de conhecimentos em diversos locais de culturas distintas. O autor se articula nas fronteiras culturais, como aquele lugar onde tudo é estrangeiro e o novo é transformado em conhecimento. Ou seja, o individuo adquiri conhecimento por meio da ressignificação das situações conflituosas e não de forma homogênea.
Homi Bhabha relata conceitos como entre-lugares e hibridismo onde tais princípios estão inteiramente ligados à formação docente. O entre-lugar é justamente o terreno responsável pelas trocas de conhecimento, no processo de formação do professor esse local é a Universidade nela se faz presente um choque de culturas. Essas culturas dialogam entre si e cada grupo constrói sua ressignificação. Cabe aqui fazer menção a Carlo Ginzburg e usar o termo circularidade cultural para identificar esse choque. Este sujeito entre-lugar nasce do embate entre diferentes esferas sejam elas sociais ou culturais, e estas possibilitam a inovação do passado e o surgimento de novos signos.
Para que exista uma formação continua do professor é necessário que o mesmo encontre-se atrelado ao entre-lugar, pois este indica que essa caminhada de saber é construída pela ampliação de seus conceitos e princípios, utilizando a interdisciplinaridade um conceito de extrema importância fornecido pela a Escola dos Annales.
O conceito pós-colonial hibridismo aponta caminhos possíveis para o desenvolvimento dos educadores. É um modo de conhecimento, um processo que permite entender o movimento de transformação, e essa mutação gera novos conhecimentos. O hibrido acontece durante as