Representação do personagem estrangeiro, James D. Levenson, na obra Tenda dos Milagres, de Jorge Amado, de acordo com os estudos culturais

2380 palavras 10 páginas
Universidade de Brasília (UnB)
Decanato de Pós-Graduação e Pesquisa (DPP)
Instituto de Letras (IL)
Departamento de Teoria Literária e Literaturas (TEL)
Disciplina: Representação do Outro
Programa de Pós-Graduação em Literatura- Mestrado
Nina Ridd (matrícula: 12/0001420)
Professora: Maria Isabel Edom Pires

Artigo: Representação do personagem estrangeiro, James D. Levenson, na obra Tenda dos Milagres, de Jorge Amado, de acordo com os estudos culturais Stuart Hall, em seu livro A identidade cultural na pós-modernidade, descreve no segundo capítulo certas mudanças conceituais pelas quais os conceitos de sujeito e identidade da modernidade tardia e da pós-modernidade surgiram. O autor comenta que, no mundo moderno, as culturas nacionais se constituem em uma das principais fontes de identidade cultural. Ao se definir como sendo de uma nacionalidade “x”, o indivíduo o faz de uma forma metafórica, isto é, a nacionalidade obviamente não está impressa em seus genes, por assim dizer. Entretanto, pensa-se até hoje em identidade nacional como uma essência do indivíduo. As identidades nacionais são formadas e transformadas no interior da representação. A nação não é apenas uma entidade política, mas sim algo que produz sentidos, um sistema de representação cultural de um grupo de indivíduos, de acordo com Hall, uma nação seria uma comunidade simbólica que explica o seu poder para gerar sentimentos de identidade e lealdade. Sendo assim, a formação de uma cultura nacional nos países contribuiu para que se criassem padrões de alfabetização universais, generalizando uma “única língua vernacular” como meio dominante de comunicação em uma só nação, criando uma cultura homogênea. Desta forma, as culturas nacionais se tornaram uma caracteres essenciais da industrialização e também um dispositivo da modernidade. Para Hall, as culturas nacionais não são compostas somente de instituições culturais, mas também de símbolos e representações. Uma cultura nacional é um discurso,

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