Homens/ ferramentas

Homens como ferramentas

Teoricamente podemos dizer que somos livres, pois achamos que liberdade se resume ao fato de estarmos do lado de fora de uma prisão e suas grades de metal, com algemas e correntes, porém ao observar com mais atenção sobre o que é realmente ser livre, e do significado que essa palavra tem, percebemos que estamos sob um jugo muito pesado, presos por corrente invisíveis, então chegamos à seguinte conclusão: estamos em uma prisão sem grades ou muros, da qual achamos impossível escapar, somos prisioneiros do estado. Segundo Hobbes (2011), a finalidade e o objetivo do ser humano é ser feliz, e para Aristóteles (1999) o homem é um animal social que só encontra a felicidade estando em um meio social, e para vivermos em sociedade automaticamente temos que fazer algumas renúncias, como a liberdade e o autogoverno e a partir daí, se curvar às vontades de um superior comum. O problema é que em grande parte dos casos esse superior comum, no caso, o governo, torna-se um inconveniente para o cidadão então logo somos forçados, a fazer coisas contra a nossa própria vontade, nos moldamos a horários, sistemas, leis, pagamos impostos altíssimos e permitimos que o governo nos use como máquinas ou ferramentas descartáveis, que tem a sua utilidade por um certo período e logo é substituído por uma mais nova e de menor custo, sendo então jogado em qualquer canto sem qualquer amparo, deixados de lado para morrer, já que se tornou um fardo desnecessário e custoso para o estado. Para o governo não importa o que o cidadão pensa ou que é melhor para ele, desde que este produza riquezas, ‘’[...] a massa de homens serve ao Estado não na sua qualidade de homens, mas sim como máquinas, entregando os seus corpos [...]’’ (THOUREAU, 2001, p.2).
Para La Boétie (2003), a liberdade é única coisa que o homem não deseja, pois abre mão dela com muita facilidade, se entrega totalmente as vontades de um tirano, se submete as suas vontades, se deixa