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O choque dos preços do petróleo nos anos 80 inaugurou uma fase de dificuldades para a economia brasileira. As relações de troca do Brasil com o resto do mundo começaram a despencar isso não ocorreu em função apenas da elevação do preço do petróleo, mas principalmente porque os países centrais conseguiram impor o aumento dos preços de seus produtos numa proporção muito superior ao dos produtos exportados.
Além disso, a partir de 1980 forçaram para baixo os preços das commodities que o Brasil exportava que caíram 26% de 1980 a 1982. Demonstrando assim que o problema não estava principalmente no petróleo, o fato é que excluindo esse produto nossas exportações caíram 31% de 1977 a 1982. Dessa forma vários problemas agravaram não só as relações socioeconômicas do Brasil perante o mundo, mas também as políticas adotadas para a nação.
Uma primeira consequência desse duplo choque, o do petróleo e do aumento dos juros, foi a queda nas exportações brasileiras provocada pela recessão mundial e o aumento violento do déficit em conta corrente do balanço de pagamentos, que pulou de US$ 6,9 bilhões em 1978 para US$ 16,3 bilhões em 1982.
Além desses fatores, em função da transferência de recursos para o exterior, da queda da taxa de lucro interna e da desaceleração dos investimentos privados, a inflação começou a acelerar. Com o aumento da vulnerabilidade, a pressão pela subida dos preços internos aumentou mais ainda, depois de vários anos estabilizados, a taxa de inflação acelerou a partir dos anos 80.
Com isso, os principais problemas enfrentados pelo Brasil na década de 1980 foram à inflação, o alto endividamento externo, o grande déficit no seu balanço de pagamentos o elevado endividamento do setor público.
Tendo a divida externa dado um salto, por conta da opção de crescimento econômico adotado no país e sem os empréstimos vindos do exterior o Brasil não tinha capacidade de pagar a conta produzida através da exportação do petróleo e continuar com a