Hobbes
Como ilustrado pelo trecho a seguir:
“Pois ele é livre para fazer algo, pode fazê-lo se tem a vontade de fazê-lo, e pode abster se tem a vontade de abster. E ainda assim se houver uma necessidade que ele tenha a vontade de fazê-lo, a ação se segue necessariamente; e se houver uma necessidade que ele tenha a vontade de abster, a abstenção também será necessária. A questão, portanto, não é se um homem é um agente livre, quer dizer, se ele pode escrever ou se abster de fazê-lo, falar ou ficar calado, de acordo com a sua vontade; mas se a vontade de escrever e a vontade de se abster de fazê-lo ocorrem nele de acordo com a sua vontade ou de acordo com outra coisa em seu poder.” ¹
Ele rebate alguns argumentos comuns contra a compatibilidade entre liberdade e necessidade. Um deles é o argumento de que a necessidade de realizar certos atos implicaria em uma injustiça da aplicação de leis, pois a pessoa não teria responsabilidade por suas ações, visto que elas seriam necessárias e, portanto, não poderiam ser diferentes. O argumento de Hobbes é apresentado no trecho a seguir:
“(...) a necessidade de uma ação não torna as leis que a proíbam injusta. Note-se que não é necessidade, mas a vontade de violar a lei que torna uma ação