Hobbes
Os primeiros capítulos expõem uma teoria do conhecimento fazendo uma abordagem analítica do desenvolvimento da consciência desde as primeiras sensações até a formulação do conhecimento (ciências), passando pela definição de signo e linguagem. Ao mesmo tempo, a primeira parte versa tanta da virtude e da moral quanto das leis naturais. O final da primeira parte versa também sobre a "teoria da vontade", com o estudo dos interesses (paixões) úteis ou não ao homem em sua vida. Hobbes, nessa parte, vê a filosofia do ponto de vista da eficiência, ligada a sua utilidade pragmática.
A segunda parte é uma defesa da oposição às paixões humanas. Elas, as paixões humanas, não estão dispostas a obedecer as leis morais (eqüidade, justiça, gratidão, e conexões). Para tanto, Hobbes defende que por isso as convenções são necessárias para a convivência da humanidade e sua sobrevivência. Por ser a República a reguladora das convenções, e também co-criadora, é ela fiadora da segurança humana. Uma vez freado o desejo de poder nos corações dos homens por intermédio das convenções, o ato político e jurídico, cria-se um pacto social cuja a humanidade irá obedecer por conter nele parte do interesse coletivo. A escolha de um soberano para a república é manifestação desse pacto, pois ele será o responsável por manter os diversos pactos em detrimento ao interesse coletivo ou a vontade geral.
A Terceira parte versa sobre a noção de República Cristã, contrapondo a realeza natural de Deus com o poder do soberano emanado e dependente dos pactos sociais. Depois de extrair a "natureza do homem" na primeira parte,