HIV para o trabalho de Antropologia
Josicleide Maciel da Silva; Carlos Roberto de Castro e Silva
Psicóloga. Endereço: Av. D. Ana Costa, 95, Vl. Mathias, CEP 11060-001, Santos, SP, Brasil. E-mail: maciel.josi@gmail.com
Professor Doutor da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp-Baixada Santista. Endereço: Av. D. Ana Costa, 95, Vl. Mathias, CEP 11060-001, Santos, SP, Brasil. E-mail: carobert3@hotmail.com
RESUMO
Este estudo exploratório e descritivo visou investigar a aproximação entre violência e vulnerabilidade à infecção ao HIV/Aids, especificamente a contribuição de ONGs/Aids no enfrentamento de situações de violência sofridas por pessoas que vivem com o HIV/Aids (PVHA) no decorrer de suas vidas, destacando formas distintas de violência, dentre elas o abuso sexual. Consideramos que vivências de várias formas e graus de violência na infância e adolescência tornam as pessoas mais vulneráveis à infecção a DST/HIV/Aids, principalmente as pessoas que vivem situações de exclusão social. Além disso, é necessário que existam redes de suporte psicossociais mais fortalecidas e preparadas para atender as demandas das pessoas que vivem com o HIV/Aids (PVHA). Foram realizadas entrevistas semidirigidas com profissionais de uma entidade e entrevistas em profundidade com jovens, além da realização de observação participante. Os resultados indicaram que a história de vida das PVHA, permeada pela violência, traz marcas indeléveis, principalmente pelo esfacelamento de laços familiares e comunitários, difíceis de serem refeitos, tendo o abuso sexual aparecido nos relatos como consequência insofismável de um contexto marcado por diversas formas de opressão social. Por sua vez, a participação em uma ONG/Aids proporcionou um espaço para a elaboração de aspectos da violência sofrida na medida em que o acolhimento