Fernandes V Coloquio

Homoerotismo às margens do Rio Javaé

Exposição apresentada no V Coloquio de Estudios de Varones y Masculinidades. 14-16 de janeiro 2015, Santiago do Chile
Autor: Alexandre Araripe Fernandes [e-mail]

MBA em Gerenciamento de Projetos Governamentais, Fonoaudiólogo, técnico da Coordenação de DST/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins, Brasil. Atua junto às populações de maior vulnerabilidade para as DST.

Resumo: O I Encontro de Povos Indígenas Sobre Redução de Danos e Prevenção às DST, na Aldeia Canoanan, no Formoso do Araguaia, ocorrido nos dias 4 e 5 de setembro de 2014, contou com a presença aproximada de 2.000 índios predominando das etnias Javaé, Karajá e Xerente. A atividade permitiu perceber aspectos da prática homoerótica entre povos da etnia Javé, como da sexualidade, em geral, da população indígena no Tocantins. Através dos relatos de profissionais da saúde que atuam junto ao DSEI-TO (Distrito de Saúde Indígena do Tocantins) e de outros personagens, percebemos práticas sexuais entre índios do mesmo sexo e após esta experiência, o diálogo que se inicia entre a Saúde e a Antropologia começa a se delinear, na busca de um estudo que favoreça a construção de estratégias possíveis e significativas de prevenção às DST/HIV/Aids, para estes sujeitos.

Palavras-chave: indígenas – vulnerabilidade – prevenção – sexualidade – saúde – gênero

Partindo do espaço de fala

Percorri um caminho de trabalho que começou em 1992, quando ainda era estudante de Fonoaudiologia. Esse curso o levou ao trabalho com pessoas com deficiência. Paralelamente veio à formação em dança, o ensino de artes para a educação infantil, fundamental e de jovens e adultos. Essa experiência me fez descobrir que pessoas são diferentes. Em continuidade ao trabalho junto à diversidade engajei-me militância pela cidadania e identidade LGTB. Isso tudo no Rio de Janeiro.
Entretanto, os desafios tanto pessoais quanto profissionais estavam só