Ficha projeto GIS
Globalização e (des) igualdades: os desafios curriculares. CIEd 2006
PORTEFÓLIOS DIGITAIS: REVISITANDO
OS PRINCÍPIOS E RENOVANDO AS PRÁTICAS
Maria João Gomes mjgomes@iep.uminho.pt Universidade do Minho
Introdução
O conceito de portefólio tem a sua origem e as suas primitivas utilizações em actividades profissionais, particularmente as associadas ao grafismo e à imagem (arquitectura, fotografia, pintura, entre outros). Do domínio de utilização no campo profissional e com objectivos essencialmente de registo e apresentação de trabalhos, os portefólios foram sendo adaptados a outras áreas de intervenção e alargando o leque de potenciais objectivos associados à sua utilização, começando a surgir também em contextos educacionais, formativos e escolares.
Embora de utilização ainda relativamente restrita em muitos domínios educacionais e escolares, a criação de portefólios é reconhecida por muitos professores, investigadores e outros intervenientes no campo da educação, como estratégia de promoção de aprendizagens, como instrumento de avaliação e como ferramenta de desenvolvimento profissional dos professores (Soeiro & Silva, 2005; Alves, 2005). Todavia, a existência de algumas lacunas ao nível da investigação empírica sobre o uso de portefólios na educação, quer com estudantes quer com professores é reconhecida (cf. Barret, 2005). Para além dos múltiplos propósitos para os quais os portefólios podem ser desenvolvidos, existem diferentes contextos de aplicação também a requerer estudos (cf. Barret, 2005). Mais recentemente, a evolução tecnológica e os novos recursos disponíveis, bem como as novas competências exigidas pela sociedade da informação e comunicação, têm conduzido ao surgimento de experiências e práticas pedagógicas suportadas na construção de portefólios digitais de aprendizagem, alargando ainda mais a necessidade de se desenvolverem estudos e