Histórico do tráfico de armas leves e brancas
Na década de 80, o mundo estabelecido após a segunda guerra mundial começou a desmoronar, especialmente quando os Estados Unidos e sua principal aliada na Europa Ocidental, a Grã-Bretanha, começaram a dar os primeiros passos para liberação dos mercados internacionais e mercadorias. Empresas americanas e inglesas passaram a forçar a abertura dos mercados que naquela época era marcada por controles rígidos aos investimentos estrangeiros e a transação de câmbio.
Após o fim da guerra fria, a disputa por territórios aliados para evitar a expansão do capitalismo para União Soviética e do socialismo para os Estados Unidos tornou-se desnecessária. Dessa forma, os territórios soviéticos se tornaram independentes e os americanos passaram a não mais financiar suas áreas de influência. Aliado a isso, o término do conflito acabou também com a corrida armamentista. Este que alimentou a indústria bélica norte-americana e russa por todo o período e precisou procurar novos mercados para os seus produtos.
Período pós guerra fria
Sem o auxílio das grandes potências, muitos Estados passaram para o que foi chamado de “transição”. Lançados à própria sorte e presos em territórios que vezes a sobrevivência econômica dependia de se conseguir um revólver e tomar à força o que fosse possível.
As discussões sobre proteção dos indivíduos começaram a vir à tona, não mais apenas dos Estados Nacionais, e nesse meio de debates sobre as novas diretrizes que se deve tomar em âmbito internacional para garantir a segurança, surge o tema desarmamento e os problemas sociais trazidos pelo tráfico de armas.
Sem o clima de tensão trazido pela ameaça constante pré-queda do muro de Berlin, os produtores de armas tiveram que buscar novos consumidores, que seriam os conhecidos como “Senhores da Guerra”, homens que anseiam tomar o poder através da força. A desnecessidade de a produção bélica ser voltada para os governos facilitou a venda