Histórico da Erva mate
Seus semelhantes brasileiros, os índios caigangues e guaranis, também a consideravam uma “planta sagrada”, pois dela extraiam alimentos, remédios e estimulantes.
Na disputa pelas terras além mar, a partir dos idos de 1.500, chegaram no continente americano, portugueses e espanhóis. No século XVII, chegaram os Jesuítas da Companhia de Jesus com a missão de catequizar os índios sul-americanos, que viviam no pampa gaúcho, território composto pelos países no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Aqui formaram as famosas Reduções das Missões edificando 7 grandes Redutos. No Brasil a mais conhecida é aquela localizada em Santo Ângelo/RS.
Nas suas pregações, os jesuítas observaram que os índios tinham o hábito de alimentarem-se de uma bebida feita das folhas de uma planta-arbórea – a Ilex paraguariensis, a popular erva mate. Num primeiro momento, os jesuítas a classificaram como a “erva do diabo”, pois perceberam que a bebida daquela planta os deixava irriquietos, muito dispostos e sexualmente mais ativos. De nada adiantou proibir seu uso, castigar seus consumidores e ex-comungar seus adeptos. Assim, passaram a estudá-la, reproduzi-la, melhorando a forma de consumi-la. Suas propriedades milagrosas singraram os mares e espalharam-se pela Europa, como “chá dos jesuítas”.
Por mais de século e meio (1610-1768), os padres mantiveram o comércio de seus produtos na forma de chás e chimarrão. Há registros de que houveram plantações de 500 ha na região das missões jesuíticas.
Com a retirada dos padres jesuítas, os tropeiros, bandeirantes e mascates mantiveram a comercialização do produto, no lombo das tropas de mulas, desde o Rio