História
Projeto de Pesquisa
Centro Universitário de Brasília - UniCEUB
Orientador: Deusdedith Alves Rocha Junior
Orientanda: Rúbia Daniella Torres da Silva – RA 21137427
Resumo: Este projeto tem por objetivo reunir, transcrever e apresentar uma série de documentos goianos setecentistas depositados no Arquivo Histórico Ultramarino – AHU, fazendo uso das técnicas de leitura e transcrição paleográfica. Os documentos estão dentro do quadro cronológico de 1747 à 1788, e tratam de provisões, cartas e ofícios escritos por agentes da coroa portuguesa em território ultramar – governadores da capitania, missionários e funcionários em geral –, quanto a tomada de providências “civilizatórias” em relação ás ações dos Akroás e outros povos indigenas, no território de Goiás, que na visão do colonizador seriam ações de barbárie e crueldade, mas que ao serem resignificadas tomam aspectos de resistência e afirmação etnocultural.
1. Tema/objeto/ problema de pesquisa
A ação indígena na historiografia brasileira desde Francisco Adolfo Vannhagen até um momento consideravelmente avançado do século XX, grosso modo, vinha sendo apresentada através de papéis secundários, agindo sempre segundo o interesse do colonizador. Nesta perspectiva, denominada por Maria Regina Celestino de Almeida de assimilacionismo, o índio seria integrado à colonização e se tornaria um indivíduo aculturado e passivo, que ao perder a guerra, também perderia sua cultura, sua identidade e toda forma de resistência. A partir de pesquisas recentes que disponibilizam uma série de possibilidades de novas interpretações quanto ás trajetórias de grupos e indivíduos, os nativos aparecem como sujeitos atuantes do processo de colonização, agindo e resistindo de formas variadas, muitas vezes movidos por interesses próprios.
Este papel secundário direcionado ao índio, grosso modo, é uma herança da própria formação cultural e religiosa do português, que