história
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa se propôs, como objetivo geral, elaborar um conjunto de elementos para a representação bibliográfica de discos e fitas, que atendesse aos usuários e ao intercâmbio de informações bibliográficas e permitisse a disseminação e a socialização dos conhecimentos contidos nos registros sonoros. Para que o trabalho não se limitasse à teoria, buscou, junto aos usuários, caracterizá-los, saber o que usam e o que gostariam que houvesse no registro bibliográfico, além de detectar o que compreendem deste registro. Buscou, também, junto a profissionais atuantes e a uma grande especialista em documentação musical, ouvir a voz da experiência, daqueles que lidam diretamente com o público e com tais acervos. Pode-se chegar, assim, a algumas conclusões: o público usuário de acervos sonoros é extremamente diversificado, em escolaridade e profissão; os acervos também se apresentam muito diversificados, em conteúdo e continentes; apenas uma pequena parcela dos usuários compreende o registro bibliográfico em sua totalidade – e não necessariamente a parcela mais escolarizada. Por fim, as variadíssimas formas de busca não se acham todas previstas nas formas tradicionais de recuperação. Constatou-se a ausência de uniformidade na representação bibliográfica dos registros sonoros, nas instituições pesquisadas, devida à necessidade de adaptações inúmeras, pelas peculiaridades dos discos e fitas. Esse fato leva a contatos informais com entidades congêneres, porém a nenhum intercâmbio de informações bibliográficas, o que acarreta um isolamento crônico.
As normas se derivam de uma visão de mundo tradicional em essência: o apego positivista ao “documento”, ao item, à prova material em si – o que enfatiza o suporte, ao invés do conteúdo, da obra; regras precisas, que ignoram as particularidades dos usuários e dos acervos; o bibliotecário tornado massa, pela indústria cultural; o usuário tornado massa, pelo bibliotecário-robô;