História
Cada vez mais cartas para ler e cada vez mais presentes para fazer.
Se fosse apenas uma prenda por criança, o Pai Natal não se importava, mas como cada uma escolhia várias, o Pai Natal já resmungava.
O ano passado a Maria escolheu uma boneca e o Pedro uma bicicleta o Carlos pediu um soldado e a Joana um príncipe encantado.
Mas este ano já pediram mais coisas, a Maria pediu um bebé chorão, uma camisola, um carrocel e um cão, o Pedro pediu um boneco, uns sapatos e um avião. E por ai fora, todas as crianças exageraram na lista.
Por este andar o Pai Natal não as iria acabar. E resmungava, e resmungava e continuava a resmungar. E disse:
- Se isto assim continuar, não sei onde iremos parar.
Olhou em seu redor e viu: uns duendes a abrir as cartas, muito constipado, e outros a fazer as prendas, completamente estourados.
-Isto assim não pode continuar, então todos a cair para o lado e eu já estou cansado.
E com a sua voz forte e chateada, disse:
- Vamos lá parar com esta macacada!
E os duendes muito atarefados disseram ao Pai Natal muito espantados:
- Pai Natal, temos de continuar, porque se não o fizermos o Natal não vai chegar.
O Pai Natal respondeu aos duendes:
-Assim não pode ser, para terem prendas fazem birras e nós aqui é que emagrecemos e perdemos as barrigas. Este ano não há prendas na árvore de Natal, já disse e está dito.
E assim foi, pararam tudo o que estavam a fazer e começaram umas férias a valer.
Chegou o dia de Natal e todas as crianças estavam muito entusiasmadas
por baixo da árvore à espera das suas prendas.
Chegou a meia-noite mas… prendas nem as vê-las.
As crianças juntaram-se todas e começaram a dar teorias. Será que se esqueceu? Ou então adormeceu?
A Maria e o Pedro