História
Kaplan (1995) comenta que o comportamento sexual é diversificado e determinado por uma interação complexa de fatores. É afetado pelo relacionamento dos indivíduos com os outros, pelas próprias circunstâncias de vida e pela cultura pela qual ele vive. A sexualidade de uma pessoa está estreitamente ligada a outros fatores da personalidade, a conformação biológica e ao senso geral de self. Inclui a percepção de ser homem ou mulher e reflete experiências evolutivas com o sexo ao longo de todo ciclo vital. Aparecido (2005) relata que falar sobre sexualidade implica retomar alguns recursos metodológicos, a história, a antropologia, a moral e a evolução social. Não se fala da sexualidade de maneira fragmentada, dividida, estanque. As relações sexuais são relações sociais, construídas historicamente em determinadas estruturas, modelos e valores que dizem respeito a determinados interesses de épocas diferentes. Esse relativismo não pode ser irresponsável. Ele nos permite perceber a construção social da sexualidade sem contudo fazê-lo de modo destrutivo ou imaturo. É uma tarefa gigantesca . Freud (1912) fez grandes contribuições ao estudo da sexualidade humana, descrevendo seu desenvolvimento desde a infância. Foi o primeiro pesquisador a ousar dizer que as crianças eram dotadas de sexualidade desde o início da vida, que se automanipulavam em busca de prazer (prazer inicialmente oral, depois anal e finalmente genital). O estudo da sexualidade e de seus diferentes aspectos desenvolvimentais e clínicos passou a ter relevância a partir de seu trabalho intitulado "Três Ensaios Sobre a Teoria Da Sexualidade". Desde então, uma série de estudiosos, pensadores e cientistas passaram a buscar mais conhecimento a respeito desse complexo fenômeno biopsicossocial, tanto com referenciais psicanalíticos, quanto comportamentais e biológicos. Masters e Johnson (1954), dois pesquisadores americanos que esclareceram diversos