História e Ideologia
I- A Era da Hermenêutica
“A meditação sobre o homem durante muitos séculos se movimentava na esfera da abstração analítico-dedutiva .Os pontos de partida absolutos, as evidências definitivas eram as matrizes donde emergia a compreensão do homem.” * Abstração analítico-dedutiva: seria a procura de um tempo estático. * Ter como ponto de partida os absolutos é uma tentativa de se esvair do tempo e, portanto, da história. * As ideias de abstração analítico-dedutiva, pontos de partida absolutos e evidências definitivas constituem um plano puramente abstrato para se explicar o homem.
“(...) os estudos positivos do homem, como parte do mundo da natureza que se chocavam por sua vez, contra um fator perturbador da liquida explicação do simples animal humano. Portanto, ou se partia da natureza abstrata humana ou se computavam dados positivos cuja soma jamais correspondia ao que vinha predeterminado na reflexão filosófica.” * Explicar o homem meramente como parte do mundo da natureza, seria uma análise a partir de um plano das ciências naturais, não das ciências humanas.
“A dedução abstrata e a explicação cientifica não atingem o homem como vida, facticidade e história concreta e por isso movimenta-se numa visão impotente ou truncada.”
A Hermenêutica 1- O homem e sua obra
“Tudo que se objetivou na cultura em seu sentido mais amplo é a presença do homem, é a obra do homem. Nesta obra se reflete a humanidade. Enquanto este aparelho não for decifrado, o homem será um estranho para si mesmo. Ele se desconhecerá ainda que se defina abstratamente ou procure explicar-se no plano das ciências naturais.”
“Somente quando o homem se debruçar sobre seu trabalho, sua economia, sua técnica; sobre sua sociedade, seu estado, seu direito, seus costumes, suas educação; sobre sua linguagem, sua filosofia ele se compreenderá através da obra. Em tudo isso o homem se objetiva como história concreta.”
Dirá, então, Stein,