Secularização por Max Weber
Uma das questões presentes atualmente em sociologia da religião refere-se ao debate assinalado por algumas considerações feitas pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) acerca dos processos de secularização e desencantamento do mundo. Max Weber é considerado com o “pai da sociologia”, e seus escritos se deram no fim entre 1889 e 1920, no período de gestação e implantação da Revolução Industrial.
A questão religiosa estava no centro das discussões, uma vez que à época o Estado não era laico, ou seja era dominado e praticamente um apêndice da Igreja, particularmente católica, a qual era citada por Weber como “símbolo” do atraso econômico e social.
1917/1920: Ensaios Reunidos de Sociologia da Religião
Foi no meio desta discussão que Max Weber utilizou-se do termo “secularização”, presente em “A Ética Protestante e o Espírito co Capitalismo” (1904-05 / 1919-20), e posteriormente em “Ensaios de Sociologia e Religião” (1917-20) para explicar o processo de “desencantamento do mundo”, visão e interpretação do mundo se dava pela ótica e domínio religioso, particularmente a católico, dando lugar para, através do “desencantamento do mundo”, uma leitura e visão mais científica.
Porém o termo “secularização” estava na leitura de Weber, também relacionada ao Estado Laico, em oposição ao anterior que era apêndice eclesiástico, além da questão do Direito. No entanto, o termo “secularização” acaba por ser mais citado e estudado no que se refere à religião, particularmente em relação a se ela perdeu ou não influencia na sociedade e sobre a nova forma de ver e interpretar o mundo real, em oposição ao mundo imaginário.
Vale registrar que houve neste período, o processo jurídico-político de desapropriação dos bens eclesiástico a favor dos poderes seculares (ver Martelli, 1995, p. 274). Ou ainda podemos ver em texto citado em artigo de Antonio Flavio Pierucci, publicado na Revista Brasileira de Ciências