PIERUCCI, Antônio Flávio. Secularização segundo Max Weber: da contemporânea serventia de voltarmos a acessar um velho sentido.

S E Ç Ã O

T E M Á T I C A

PIERUCCI, Antônio Flávio. Secularização segundo Max Weber: da contemporânea serventia de voltarmos a acessar um velho sentido.
In: SOUZA, Jessé (org.). A atualidade de Max
Weber. Brasília: Ed. UnB, 2000. ISBN 978-85230-0583-2,pp.105-162.
Tainah Biela Dias*

Sem ter iniciado sua formação pelas Ciências Sociais, graduando-se em Filosofia (PUC-SP, 1973) com especialização em Teologia pela Pontificia Univeristà
Gregoriana, Antônio Flávio Pierucci inaugurou sua vida acadêmica como sociólogo da religião no mestrado (PUC-SP, 1977), com dissertação intitulada “Igreja Católica e reprodução humana no Brasil”, sob orientação de Cândido Procópio Ferreira de Camargo. Na USP, em 1985, sob orientação de Reginaldo Prandi, defendeu sua tese de doutorado, intitulada “Democracia, Igreja e voto: o envolvimento do clero católico nas eleições de 1982”. Foi pesquisador no CEBRAP (1971-1987), professor da PUC-SP (1978-1985), secretário-executivo da ANPOCS (1992-1996), secretário-geral da SBPC (2001-2003) e professor da USP (1986-2012) – livre-docente desde 2001 e professor-titular do Departamento de Sociologia desde 2005.
Dentre as obras mais importantes da produção acadêmica de Pierucci, de acordo com sua própria opinião em currículo na Plataforma Lattes, destacamos o artigo “Secularização em Max Weber: da contemporânea serventia de voltarmos a acessar aquele velho sentido” (Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 13, n. 37,
1998, p. 43-72), publicado mais tarde, no ano 2000, em forma de capítulo de livro, com o título ligeiramente modificado (“Secularização segundo Max Weber: da contemporânea serventia de voltarmos a acessar um velho sentido”), que é justamente a referência para esta resenha.
Pierucci propõe uma discussão acerca da ênfase dada por muitos sociólogos da religião ao termo “secularização” – que tem gerado uma série de equívocos.
A crítica (equivocada, segundo Pierucci) que se tem feito à tese da secularização de Max