História A 3 teste 10ºano

MÓDULO 2
1. A IDENTIDADE CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL
1.1. Poderes e crenças – multiplicidade e unidade
A UNIDADE DA CRENÇA (Um Novo Tempo da História 2, pág. 18-25 / 47)
- Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Europa entrou no período medieval. Durante cerca de mil anos (de 476 a 1453), a Europa nunca mais voltou a ter uma estabilidade política semelhante à proporcionada pelo Império Romano, fragmentando-se em várias unidades de poder, frequentemente instáveis e breves. Apesar disso, a Europa Ocidental conseguiu manter uma forte unidade religiosa. A Igreja Católica foi a única instituição que ultrapassou fronteiras e se estendeu por todos os países, contribuindo para a construção de uma identidade comum. A noção geográfica de Ocidente converteu-se, assim, numa realidade cultural, a Cristandade latina, o conjunto de terras e povos cuja língua era o latim e que, em matéria religiosa, obedecia ao bispo de Roma, o Papa.
- A Igreja Católica funcionava como um fator de coesão fazendo com que os Ocidentais se vissem como um conjunto distinto das outras religiões do Mediterrâneo:
O Cristianismo Ortodoxo, que tinha Constantinopla, capital do Império Bizantino, como centro;
O Islão, cujos seguidores eram considerados “infiéis” e inimigos.
A estas três igrejas corresponderam três espaços distintos, não apenas em termos geográficos, mas também a nível religioso, político, económico e cultural. Apesar dos contactos que mantiveram entre si, estes três espaços afrontavam-se frequentemente.
O poder do bispo de Roma e da Igreja romana
Numa Europa politicamente dividida, instável, ruralizada e pobre, apenas a religião cristã uniu, sob a mesma fé e sob o mesmo chefe espiritual, toda a população. O mundo medieval ocidental, alheio ao ateísmo, era essencialmente cristão (exceção aos Judeus e mouros, ora tolerados, ora abertamente perseguidos). E a Igreja Católica era a única instituição sólida e organizada que ultrapassava fronteiras e se estendia por todos os