Camões
Cambra
GUIA DE ESTUDO PARA CAMÕES LÍRICO – PORTUGUÊS 10ºANO
A Professora: Dina Baptista
Em Camões coexistiu a poesia com sabor tradicional, com uma poesia cujos modelos formais e temáticos revelam a cultura humanística e clássica do poeta. A estas influências juntou-se ainda a sua própria experiência de vida.
1.Influências:
1.1. Influência da Tradição Lírica (Lírica trovadoresca /Poesia palaciana dos Cancioneiros, reunida por Garcia de Resende)
Assim, e por influência tradicional, fez uso da medida velha e cultivou o verso de cinco sílabas métricas
(redondilha menor) e de sete sílabas métricas (redondilha maior), escrevendo vilancetes1, cantigas2, esparsas3, endechas ou trovas4.
As temáticas tradicionais e populares usadas por Camões são geralmente mais ingénuas e graciosas e versam, sobretudo, o amor, natureza, o ambiente palaciano e a saudade.
1.2. Influência Renascentista - Medida Nova – soneto
Da influência clássica Renascentista, Camões cultivou a medida nova fazendo uso do verso decassílabo, através da composição poética, o soneto (composto por duas quadras e dois tercetos) introduzido em
Portugal a partir do séc. XVI, por Sá de Miranda, em composições de assunto mais elevado do que as redondilhas5. Nas temáticas de influência Renascentista cultivou o amor platónico (amor ideal e inacessível), a saudade, o destino, a beleza suprema, a mulher vista à luz do Petrarquismo e do Destino (retrato idealizado da amada, cuja beleza física e qualidades morais e psicológicas resultam num quadro perfeito, quase celestial), a mudança, a brevidade da vida e o desconcerto do mundo.
1.3. Influência da Experiência pessoal (Autobiografia/confessionalismo)
Camões enriquece a sua lírica com a sua experiência pessoal: o exílio (“Cá nesta Babilónia, donde mana”), os erros, a má fortuna (Destino) e o amor que lhe causa sofrimento (“Erros meus, má fortuna, amor ardente” /
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