Camoes
Nunca existiu, nem em Portugal nem em qualquer outra parte do mundo, poeta algum que igualasse nem superasse a dedicação que Camões deu à sua pátria por meio de uma tão próspera obra épica como são “Os Lusíadas”.
Nasceu no ano de 1524 ou 1525, segundo registo da lista de embarque para o Oriente do ano de 1550, onde se declara que Luís de Camões se inscrevera e, nesse registo, é-lhe atribuída a idade de 25 anos.
Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá Macedo, família nobre estabelecida em Portugal na época de D. Fernando, foi educado sob império do Humanismo, de 1531 a 1541 estudou em Coimbra, onde D. Bento de Camões, seu tio, era chanceler. Mas Camões ainda antes de acabar o seu curso, partiu para Lisboa.
Reinava D. João II e, como Camões era fidalgo, podia frequentar as festas e saraus da corte no palácio real. Foi lá que conheceu aquela que ele queria que viesse a ser sua esposa, D. Catarina de Ataíde.
Devido à rigorosa tradição da corte, Camões teve que se afastar desta linda menina a quem ele tratava por um nome inventado de Natércia nos seus muitos poemas consagrados, e foi exilado por ordem do rei para o Ribatejo, onde permaneceu durante dois anos até que se alistou como soldado e partiu para Ceuta.
Apesar de ter sido um grande poeta, foi também um grande patriota e um grande soldado. Defendeu Portugal tanto nas guerras em África como na Ásia. Em 1547, partiu para Ceuta depois de ter estado de 1542 a 1545. Em Ceuta perdeu um olho, quendo lutava a favor de D. João III. Também esteve no Oriente, durante cerca de 15 anos.
Em 1553 em troca da sua liberdade, embarca para Goa, ao serviço do rei como militar. No caminho para a Índia o barco onde navegava naufragou junto à foz do rio Mekong, e diz-se que ele tenha ido até à costa a nado só com um braço, visto que no outro levava a sua tão próspera obra.
Foi a descida do Oceano Atlântico, a passagem do Cabo da Boa Esperança e todas aquelas paragens que levaram Camões a glorificar na sua obra os