O teatro como palco de valores sociais
O surgimento dos meios de comunicação de massa, tais como jornais, revistas, cinema, rádio e televisão, provocou uma padronização da produção cultural, que por sua vez, engendrou um imensurável efeito nas relações humanas e na vida social. A inserção dos meios de comunicação de massa se deu, de uma forma mais definitiva, ao longo do século XX, e foi tão intensa que às mídias foram atribuídos os objetivos de transmissão cultural dos valores, das normas sociais, de entretenimento e diversão. Os modos de influência dos meios de comunicação de massa nos hábitos e comportamentos são incontáveis.
Segundo Babo e Jablonski (2002), eles “assumem um papel muito importante para a nova sociedade, na medida em que é a eles que recorremos quando queremos nos informar, nos divertir ou nos orientar”.
Assim, em momentos de crise ou de transição, é à mídia a que recorremos para nos orientar, o que cria uma espécie de retroalimentação entre público e mídia, levando a ampliar o que inicialmente surge apenas como uma tendência.
Na sociedade contemporânea, as grandes formas de comunicação de massa têm o poder de estabelecer um contato direto com o público, o que faz com que rivalizem, e por vezes suplantem, as tradicionais instituições de socialização, tais como a escola, a Igreja e a família.
Entre os meios de comunicação de massa, aquele que atualmente goza de maior força de alcance e persuasão é, sem dúvida, a televisão. A entrada da televisão no âmbito doméstico de milhares de brasileiros lhe confere o status de um dos veículos mais poderosos para atingir diversas massas, e assim induzir mudanças nos imaginários coletivos e nos comportamentos individuais.
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A televisão, o cinema, o rádio e o teatro são meios de comunicação cuja unidade básica dramática é, sem dúvida, a mesma. Apesar de apresentarem diferenças tecnológicas e estéticas, todas essas mídias se baseiam, em última