HISTÓRIA, LITERATURA E CINEMA: A ADAPTAÇÃO UTILIZADA COMO FONTE EM SALA DE AULA
Paula Tainar de Souza (G-CCHE-UENP/CJ)
Resumo
Com a nova proposta de escrita da História pós-Annales percebemos a possibilidade de aproximação da História com outras ciências e inúmeras fontes. A Literatura que embora já tivesse relação com a História tem sua legitimação recente, e o cinema está conquistando seu espaço neste meio acadêmico, tendo como precursor o historiador Marc Ferro. Um exemplo da adaptação para o cinema é o romance de Umberto Eco “O Nome da Rosa”, que é frequentemente utilizado por professores de História na escola. A partir dessa argumentação, pretende-se pensar o filme enquanto fonte, e suas possibilidades de análises como explicação e compreensão de acontecimentos históricos. A comunicação e o artigo tem o objetivo de estabelecer um diálogo e à partir dessa tríade: História, Literatura e Cinema, analisaremos a utilização de “O Nome da Rosa” de Umberto Eco como fonte histórica em sala de aula.
Palavras-chave: História. Cinema. Educação.
Introdução
O cinema se transformou em uma arte evidente, ganhando a nomenclatura de Sétima Arte, durante sua consolidação apresenta fortes laços com as obras literárias, e na atualidade vem conquistando espaço no meio acadêmico. O cinematógrafo foi uma invenção dos irmãos Lumiére, final do século XIX, ano de 1896, em um momento de muitas mudanças devido os resultados da segunda fase da Revolução Industrial: motor à explosão, corantes sintéticos, telégrafo, multidão, cidades, máquinas e etc., os lugares que melhor sofreram essas transformações foram Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Nesse contexto percebemos não só modificações na organização social, mas também nas relações trabalhistas, cotidiano, e surgimento da competição no mercado de trabalho. O interesse por trás da invenção do cinematógrafo era a utilização desse para pesquisas de cunho científico, por esse modo os irmãos Lumiére faziam