História História Cultural
No monte parnaso, morada das musas uma se destaca, Clio a musa da História, em um tempo que é o tempo do mito. No tempo dos homens Clio foi eleita a rainha das ciências confirmando seus atributos de registrar o passado. Neste novo milênio os atributos e o perfil de Clio é a chamada História Cultural. A história cultural corresponde hoje a cerca de 80% da produção historiográfica nacional. Essa constatação é datada a partir dos anos 90 do último século no Brasil, marca uma verdadeira virada nos domínios de Clio. Se levarmos em conta o panorama internacional essas alterações no âmbito da História é datada bem antes. Situando talvez a mudança nos anos 1970 ou mesmo antes com a crise de maio de 1968, com a guerra do Vietnã, a ascensão do Feminismo o surgimento da New LEFT, e até mesmo os sonhos de paz do mundo pós Guerra. De certa forma podemos falar de um esgotamento de modelos e de um regime de verdade e de explicações globalizantes. A realidade parecia mesmo escapar enquadramentos redutores tal a complexidade instaurada no mundo Pós Segunda Guerra Mundial. Essa consolidação de determinados de determinados paradigmas conduzia até então a uma aparentemente confortável certeza, a de que tudo já estava predito Isso em principio negava o processo de construção do conhecimento sobre o mundo a aventura da descoberta. Em principio foram duas posições interpretativas da História Criticadas: O Marxismo e a Corrente dos Annales. Essas rupturas de paradigmas não significam uma ruptura completa com as matrizes originais. Foi ainda da vertente Neo-Marxista Inglesa e da História Francesa dos Annales que veio o impulso de renovação. Chamada de História ou mesmo de Nova História Cultural. Havia também as vertentes interpretativas da História que vinha desde o século XIX, como o Historicismo de Ranke com atenção as