História do teatro brasileiro
O teatro chegou ao Brasil no século XVI juntamente com os colonizadores portugueses, mais especificamente deveu-se aos Jesuítas que buscavam através de representações cênicas de passagens bíblicas a catequese dos povos nativos. Surpreendentemente os índios apresentaram prontamente uma inclinação natural para a música, dança e oratória, habilidades essenciais para o desenvolvimento do teatro, que foi usado também como instrumento de “civilização”. Pode-se citar o Padre José de Anchieta como o principal responsável deste processo, pois percebeu que as representações artísticas eram muito mais eficazes na conversão do que os sermões. Predominavam os gêneros dramático e a comédia devido a sua facilidade de associação com elementos catequéticos. No século XVII o teatro brasileiro não alterou sua forma, entrando em declínio devido a expulsão dos Jesuítas pelo governo da União Ibérica. Apenas na segunda metade do século XVIII o teatro retorna ao cenário nacional, acompanhando a ascensão da economia colonial pela atividade mineradora. Ainda marcado pela forte dependência estilística europeia e pela escassez de atrações, tem maior foco educacional. São criadas as primeiras companhias de teatro e a fixação de locais para a apresentação. A prática ainda sofria forte preconceito, pois predominavam mulatos e pessoas de classe mais baixa. Mulheres também não podiam se apresentar, Com a chegada da Família Real ao Brasil no ano de 1808, percebeu-se a necessidade de estímulo às atividades artísticas que eram escassas. As companhias de teatro foram tomando força e atraiam um público cada vez maior, possibilitando o desenvolvimento paralelo do amadorismo. Entretanto as agitações pré independência se refletiram nas plateias, que aproveitavam esses eventos para manifestarem-se. Em consequência desse nacionalismo exagerado, atores estrangeiros aos poucos eram substituídos por locais. As apresentações também eram uma oportunidade para a burguesia