História do Português
O português é conhecido como “a língua de Camões”, apelido recebido em homenagem a um dos literários mais conhecidos de Portugal, Luís Vaz de Camões – autor de Os Lusíadas. Também se tornou conhecida como “a última flor de Lácio”, expressão que o escritor brasileiro Olavo Bilac utilizou em seu soneto Língua Portuguesa. Além de ser considerado idioma “doce e agradável” pelo autor espanhol Miguel de Cervantes.
Curiosamente, tanto o português quanto a maioria dos idiomas europeus e asiáticos são derivados de uma mesma língua. Entretanto, ao longo do tempo, com as migrações entre os continentes, essa língua inicial se subdividiu em cinco: o helênico, de onde surgiu o idioma grego; o germânico, que originou o inglês e o alemão; o céltico, de onde veio os idiomas irlandês e gaélico; o eslavo, que deu origem a outras diversas línguas usadas na Europa Oriental e, finalmente, o românico, de onde nasceu o português, o italiano, o francês e as demais línguas denominadas latinas.
O latim era o idioma principal no regimento do Império Romano, e se dividia em duas classificações, o latim clássico (usado pelas pessoas cultas e de classe dominante, como poetas, filósofos, senadores, etc.) e o latim vulgar (usado pelo povo), que foi a principal origem do português que conhecemos hoje em dia.
2. Histórico
2.1. Origem da Língua Portuguesa
Os conquistadores romanos chegaram à península ibérica em 218 a.C. e com eles levaram sua língua, o latim vulgar. Lusitânia foi romanizada no século II a.C., e foi dito pelo geógrafo Strabo, no século I, em seu livro de geografia “foram adotados os costumes romanos e já não se lembram da sua própria língua”. Os soldados romanos, os colonizadores e os mercadores, que se estabeleceram nos arredores dos núcleos urbanos, difundiram a língua. Mesclando-se com os substratos linguísticos lá existentes, deu origem a vários dialetos, genericamente chamado romanços (do latim “romanice”, que significa falar à maneira dos romanos”).