História do dna.
A história do DNA começa no final de 1860, com a chegada do médico suíço Friedrich Miescher à Universidade de Tübingen, Alemanha. Ele buscava determinar os componentes químicos do núcleo celular, usando os glóbulos brancos contidos no pus. Em um dos seus experimentos, Miescher obteve um precipitado que diferia quimicamente de todas as substâncias proteicas conhecidas. Aprimorando os métodos de extração e purificação, ele pôde realizar uma análise química mais precisa, mostrando que as quantidades relativas de hidrogênio, carbono, oxigênio e nitrogênio eram diferentes das encontradas em proteínas, além de conter uma quantidade incomum de fósforo. À substância descoberta Miescher denominou nucleína, pelo fato de ela estar concentrada no núcleo das células. Mesmo depois da publicação do trabalho, em 1871, muitos pesquisadores continuaram duvidando da existência da nucleína.
As desconfianças só foram superadas por volta de 1889, quando Richard Altmann obteve preparações altamente purificadas de nucleína, sem nenhuma contaminação por proteínas. Pelo fato de a substância ter caráter ácido, o que já havia sido detectado por Miescher, Altmann sugeriu que ela fosse chamada de ácido nucleico.
Em 1877, Albrecht Kosselel, juntou-se ao grupo de pesquisa de Hoppe-Seyler, então trabalhando na Universidade de Estrasburgo (França), e começou a estudar a composição química das nucleínas. Kossel detectou dois tipos de bases nitrogenadas já conhecidas, a adenina e a guanina. Em 1893, identificou uma nova base nitrogenada a timina e logo em seguida a citosina. Em 1894, o grupo liderado por Kossel descobriu que os ácidos nucleicos continham também pentose. Em reconhecimento às suas contribuições na área, foi agraciado em 1910 com o Nobel de Fisiologia ou Medicina.
Em 1909, Phoebus Levene e Walter Abraham Jacobs conseguiram determinar a organização das moléculas de fosfato, de pentose e base nitrogenada no ácido nucleico. Em 1929, Levene e colaboradores