A história do DNA
Desde que o naturalista austríaco Gregor Mendel apontou as leis da herança genética em 1865, começou uma corrida de quase um século que chegou a seu ponto culminante quando Crick e Watson compreenderam que o DNA é ordenado em forma de uma dupla hélice. O ácido desoxirribonucléico em si foi descoberto pelo bioquímico suíço Johann Friedrich Miescher em 1869. Já em 1882, o alemão Walter Flemming descobriu corpos com formato de bastão dentro do núcleo das células, na qual chamou de "cromossomas".
Pensava-se até então que os quatro componentes químicos dessa molécula estivessem unidos num padrão monótono como um polímero sintético. Além disso, até então não se achara nenhuma função celular específica para o DNA. Por outro lado, as proteínas eram importantes como enzimas e como componetes estruturais de células vivas. As proteínas também eram conhecidas como polímeros de vários aminoácidos. Já se sabia que o DNA era a origem das informações genéticas do ser humano, mas a estrutura quimica em sí ainda era um mistério. No começo da decada de 50, diversos cientistas do mundo inteiro estavam em busca dos segredos dessa molecula. Também já se sabia que esta molecula era formada por pares de proteinas, chamadas Adenina, Timina, Citosina e Guanina. Mas sua estrutura ainda era um mistério. Com a ajuda de Raios-X cientistas aos poucos estavam obtendo informações importantes sobre a molécula.
Em 1953, Watson e Crick, do laboratório de Cavendish, apresentaram um modelo compatível com os resultados experimentais que haviam sido obtidos até aquele momento. Esse modelo serviu de base para experimentos históricos que confirmaram a hipótese inicial desses cientistas. Em 25 de abril de 1953, a dupla publicou seus resultados em uma edição da revista científica Nature e em conjunto com Maurice Wilkins, da King’s College, responsável pelas imagens de raio-X do DNA, em 1962, receberam o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, tornando-se