História do Direito
Ao falarmos da Influencia da Igreja no direito primitivo, veremos o quanto no passado fomos influenciados pela igreja, e o quanto isso foi se alterando ao longo da História. Iremos perceber como a sociedade era organizada, e como ela foi mudando com surgimento de novas possibilidades.
Quando se discute Direito e Justiça, é insprescindível analisar a influência que teve a religião sobre o Direito Primitivo.
Toda e qualquer sociedade se obriga a estabelecer um corpo de regras com a finalidade maior de reger as relações que naturalmente se processam em seu seio.
Nesse sentido, deve-se admitir que aquelas formas de organização social próprias das sociedades primitivas, isto é, anteriores ao surgimento do Estado, já possuíam um conjunto de normas não escritas que orientava a conduta de seus indivíduos.Portanto torna-se imperioso assumir a existência do Direito mesmo na ausência de codificações.
Fustel de Counlanges (1830-1889), autor do clássico A Cidade Antiga, decidiu investigar a percepção do fenômeno jurídico entre gregos e romanos ainda em tempos distantes.Logo, notou que a religião era o elemento catalisador que determinava as relações em sociedade.Tanto é verdade que em sua obra máxima, antes de investigar quaisquer questões de ordem legal, optou Coulanges por percorres os caminhos dos cultos e ritos das Sociedades do Mediterrâneo Central.
Coulanges afirma que o Direito Antigo nasceu espontânea e inteiramente nos antigos princípios que constituíram a família, derivando das crenças religiosas, universalmente admitidas na idade primitiva dos povos.Posteriormente, as práticas primárias de controle são transmitidas oralmente, marcadas por revelações sagradas e divinas.
Henry Summer Maine entende que esse caráter religioso do Direito Arcaico, imbuído de sanções rigorosas e repressoras, permitia que os sacerdotes-legisladores acabassem por ser os primeiros intérpretes executores da lei.O receio da vingança dos