História do direito no brasil

WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 2007.

PÁG. TRECHOS COMENTÁRIOS
14 “[...] pontos essenciais que distinguem a “antiga” da “nova” história. [...] começou a privilegiar toda a “atividade humana.” O historiador Peter Burke propõem uma maneira nova de encarar e analisar os fatos históricos sob múltiplos aspectos e de forma integrada com os fatos socioeconômicos. A nova história vista de forma não linear, mas sim problematizante.
19 “Outra tendência dos operadores do legalismo no meio acadêmico era a desconsideração a uma história das instituições que possibilitasse, na formação dos juristas, a prática de condutas eficazes e legitimamente identificadas com os problemas da sociedade.” Crítica ao positivismo jurídico, à ideia ou noção de um Direito puro, livre de juízos de valores. O positivismo jurídico é a doutrina que pregava a interpretação da lei de forma mecânica, buscando uma solução exata para os conflitos sociais. Contudo, o Direito não pode ser entendido como uma ciência exata, estática, mas sim dinâmica.
19/20 “[...] historiografia tradicional (liberal-burguesa) [...] mera disciplina de justificação da ordem legal imperante e da acumulação de conhecimentos [...] sem fins úteis para com a realidade [...]” A crise do estudo da história do Direito surge com a dificuldade de se encontrar um fim social e um significado que justifique sua existência, na medida em que seus princípios estão calcados nos valores liberal-burgueses, com o objetivo de justificar a ordem social e jurídica vigentes.
20 “[...] urge redefinir, na História da crise, os novos marcos teórico-metodológicos [...] envolvendo modalidades alternativas de interpretação, pesquisa e investigação histórica.” Convém mencionar que a Escola da Exegese (séc. XIX), embora tenha impulsionado o positivismo jurídico, também, de certo modo, enfatizou o Direito Positivo Sociológico. Esse último tem como objeto a análise dos fatos sociais e humanos.